[EXCLUSIVO] A experimentação instrumental de João Castellani encontra novos caminhos no álbum “Primeiramente”
Mesclando gravações caseiras intimistas e parcerias com outros artistas, o músico de 20 anos apresenta seu 4° lançamento
Depois da estreia com o EP “QUIPU” em 2020, o compilado de “Passagem” e “Via Estreita” no começo de 2022 e o EP “Dos Meus Sonhos” em setembro deste mesmo ano, João Castellani apresenta o lançamento mais maduro e completo de sua carreira: o álbum “Primeiramente”, que estará disponível em todas as plataformas digitais no dia 23 de junho. O lançamento exclusivo e antecipado acontece no Disconversa, você pode conferir o álbum no final do texto.
João Castellani, com apenas 20 anos, já possui um currículo de gravações e shows por São Paulo e pelo sul do país. Apontado como um prodígio na cena independente local, suas influências, que passam pelo jazz, rock e funk setentista, estão presentes neste novo álbum, marcando ainda mais a identidade musical de João em registros coesos que misturam esses ritmos através de texturas, camadas, timbres e arranjos que evidenciam todas as facetas do artista.
“Primeiramente” pode ser considerado o trabalho mais notável e que melhor traduz, musicalmente, João Castellani. São 7 faixas que esbanjam a elegância musical e a personalidade de produção do jovem artista e trazem, em certos momentos, a influência que a vasta música brasileira exerce nos esforços criativos de João. Desde composições metricamente intuitivas até gravações de bateria com apenas 1 microfone, para emular a sonoridade primal e nada tendenciosa de grandes discos que o influenciam, João apresenta este trabalho como um resultado de todo aprendizado construído através dos seus lançamentos anteriores.
“Esse álbum é fruto de um processo contínuo de composição, gravação e produção caseira, uma tentativa honesta de conceber um trabalho coeso e direto. As influências escorrem pelas linhas que tracei cautelosamente em cada música, buscando única e exclusivamente traduzir aqueles sentimentos todos em canções que me lembrassem a cada audição, da sua veracidade, intensidade e de como esse registro representa de forma tão crua, o atual estado da minha capacidade de expressão criativa e os caminhos pela qual ela ansia em percorrer” discorre João sobre o novo disco.
A produção e concepção do álbum começou logo após o lançamento do EP “Dos Meus Sonhos”, em setembro de 2022. Algumas faixas já estavam na mente de João e foram aperfeiçoadas, como “Líquido”, que abre o álbum e representa essa transição de lançamentos. Na outra ponta do setlist, a última faixa, “Você”, surgiu em um curto período de tempo e foi criada e finalizada entre Janeiro e Fevereiro deste ano. A parceria com outros músicos se repete de forma diversificada durante o disco; a mix e master foram feitas por Alan Girardeli e a capa é assinada por Lê Almeida.
João Castellani chega, com o disco “Primeiramente”, ao seu quarto trabalho nas plataformas oficiais e já conta com duas live sessions no Youtube: apresentando a faixa “Monte Trêmulo” em uma gravação em fita no canal Cogumelo Analógico; e performando duas de suas canções e uma versão cover no canal Porão-Perus Estúdios. Além do seu trabalho solo, João toca com outros artistas da cena maringaense e com a banda Radicais Livres.
João fala um pouco mais, em detalhes, sobre a concepção deste novo trabalho:
Dentre as referências e artistas que influenciaram o projeto, com ou sem sonoridade similar, trago Funkadelic, Sly Stone, Azymuth, Ronnie Foster, Beastie Boys, Tangerine Dream, Black Merda, Fela Kuti, Jimi Hendrix, Jeff Beck, Cortex e Khruangbin. Como influências além da música, existe José de Alencar (no nome da canção “Lucíola”, que re-imagina o espaço em que a História se passa); a literatura exerce certa influência na minha música à medida que busco transmitir uma história, que se manifesta nas linhas e camadas que são parte da tentativa de recriar sensações contidas em uma determinada obra/narrativa.
Espero alcançar novos ouvidos com esse trabalho, atentos e abertos para a experiência que procurei proporcionar, estabelecendo laços e conexões que transcendem as condições de existência, mas se fortalecem com a arte.
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