DCV + Mentelab: 5 discos de cantoras por Lelê Lótus
Com o toque de sua percussão e uma voz inspiradora, a cantora Lelê Lótus tem o canto feminino como uma de suas principais influências. Para mostrar essa inspiração, a artista que participa da nova temporada do Acústico Mentelab falou com exclusividade para o Disconversa sobre algumas de suas referências. Confira!!
O Canto das Três Raças – Clara Nunes (1976)
Eu sou percussionista a 15 anos e o canto de Clara Nunes é a minha memória afetiva mais presente. Tudo que tem nesse disco formou minha base musical, ela foi a primeira mulher que eu vi cantar e a primeira vez que meus ouvidos deram conta do que era a percussão. “Eu sou uma mistura de muitos sons”.
Cássia Eller – Com Você… Meu Mundo Ficaria Completo (1999)
Cássia Eller foi a segunda mulher que eu ouvi e me arrepiou a vida toda. Lembro de ficar vidrada ao vê-la com a banda na TV. Esse é um disco de cabeceira para emocionar o coração. Cássia fala por si só, foi muito difícil escolher um disco. Na minha opinião, é uma das maiores intérpretes da música popular. Faz uma falta infinita.
Ellen Oléria – Peça (2009)
Conheci o trabalho de Ellen Oléria muito antes do The Voice, o que me fascinou sempre foram os diferentes ritmos que ela abrange. Quando comecei minha carreira de percussionista e compositora me perguntava: “Porque não?”. A resposta vinha desse disco, onde ela consegue fazer um pouco de tudo, porque pra mim a síntese do Brasil é isso, a mistura de gêneros, ritmos e poesias. Sou apaixonada por ritmo e poesia, e o trabalho dela é riquíssimo nesses quesitos.
A Mulher Do Fim Do Mundo – Elza Soares (2015)
Elza é Deus, Deus é mulher! Elza é força, coragem, foco e determinação. Ela cantou até o fim e é isso que eu desejo. Esse disco é incrível pra mim por ser o primeiro que ouvi de uma Deusa da música brasileira, com seus beats eletrônicos e guitarras distorcidas. Foi através dele que comecei a pensar minhas músicas nessa soma de elementos eletrônicos também, claro que de forma mais orgânica e simples, mas com essa pegada afrofuturista que ela teve.
Show Preta Leveza – Bia Ferreira e Doralyce
Bia Ferreira e Doralyce são aulas de história necessárias e ao mesmo tempo a força do amor lésbico preto. Preta Leveza é um trabalho de levante do nosso povo e dos nosso afetos. Lindo de ouvir e de viver.
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