DCV + Mentelab: 5 discos de música pernambucana por Filipe de Sá
Com sua musicalidade nordestina, o cantor Filipe de Sá tem o cancioneiro pernambucano como uma de suas principais influências. Para mostrar essa inspiração, o artista que participa da nova temporada do Acústico Mentelab falou com exclusividade para o Disconversa sobre algumas de suas referências. Confira!!
De Outra Maneira – Geraldo Azevedo (1986)
Esse foi provavelmente o primeiro álbum em vinil que tive contato quando era bem criança, sendo certamente a minha primeira referência musical na infância. Geraldo Azevedo é um artista consagrado e muito popular no nordeste brasileiro. A sua voz, o seu modo de tocar violão e toda sua herança cultural regional me influenciaram a apreciar a música popular brasileira.
Sete Desejos – Alceu Valença (1992)
Quando esse álbum foi lançado eu tinha apenas nove anos de idade. Quando o ouvi fiquei impressionado com a sua riqueza musical! A percussão e o violão são muito bem trabalhados nesta obra. Além disso, a potência da voz de Alceu Valença e sua enorme capacidade de explorar os sons são genialmente apresentados em cada faixa. Esse álbum me fez querer aprender a tocar violão.
S/T – Orquestra Contemporânea de Olinda (2008)
Tive a sorte de conhecer pessoalmente o produtor dessa banda em Recife em 2008, foi ele quem me apresentou esse álbum. Quando o ouvi pela primeira vez, definitivamente descobri o cenário musical contemporâneo de pernambuco. Isso me despertou um grande sentimento de pertencimento cultural e me fez querer fazer parte desse universo artístico.
S/T – Zé Manoel (2012)
Tive a honra de ir ao show de lançamento desse álbum no teatro Santa Isabel, em Recife. Zé Manoel apareceu repentinamente no cenário musical de Pernambuco, mas de cara já fui completamente cativado pelo seu talento como compositor e pianista. Esse trabalho me motivou a querer compor música popular brasileira, além disso me inspiro bastante na voz de Zé Manoel.
Olindance – Academia da Berlinda (2011)
Apesar de ter sido lançado em 2011, comecei a ouvir esse álbum em 2020, quando já estava morando na Baixada Santista. Ele me fez voltar as minhas origens e redescobrir elementos da música de pernambuco. Foi exatamente nesse mesmo ano que comecei a compor e pensar em profissionalizar o meu trabalho artístico.
- [EXCLUSIVO] A experimentação instrumental de João Castellani encontra novos caminhos no álbum “Primeiramente” - 22 de junho de 2023
- Ratos do Beco lança “São Paulo, Setembro de 1978”, EP seminal do punk brasileiro, via Nada Nada Discos - 24 de março de 2023
- Projeto carioca NINGUÉM faz sambalanço psicodélico sobre conexões em “Fora do Alcance” - 18 de janeiro de 2023
