Entrevistas

5 perguntas sobre “Livro Vivo”, o novo EP de Roseane Santos e Luciano Faccini

Roseane Santos e Luciano Faccini lançaram ontem, 08/09, o primeiro capítulo de “Livro Vivo”, EP que une música e astrologia. 

Com poemas baseados na leitura do céu, feitas pela astróloga Faetusa Tirzah e musicados por Luciano, o EP te leva em uma deliciosa viagem sonora de 15 minutos, com uma produção cuidadosa e arranjos para deixar qualquer Vênus orgulhosa.

O primeiro single, a ótima “Nos últimos graus”, já havia sido lançada, abrindo os trabalhos do projeto e, na minha humilde opinião, diria que até para os mais céticos críticos da astrologia, é difícil ouvir e não sair cantarolando o contagiante refrão, inspirado em uma lua leonina.

O projeto contará ao todo com 3 capítulos, cada um com 4 canções.

Batemos um papo com os artistas para saber um pouco mais sobre como foi o processo de produção do disco e o que podemos esperar dos próximos capítulos desse Livro Vivo.

Capa do EP por Miro Spinelli e Cochilo Taquieta | Créditos: Reprodução

1 – Primeira pergunta de cara: Qual o mercúrio de vocês? (como amante da astrologia fiquei muito curiosa pra saber!)

Roseane: o meu é em Áries e o do Luciano em Libra. 

Luciano: Pois é, temos essa oposição complementar em nossos Mercúrios.

2 – Tanto a Roseane, quanto o Luciano curtem astrologia? Como surgiu a ideia de musicar e cantar o horóscopo?

Luciano: Sim, a gente curte astrologia e adora conversar sobre. Mas, apesar do gosto e da curiosidade, nós somos leigos no assunto. Inclusive, esse processo reacendeu na gente a vontade de estudar mais astrologia para aprofundar os papos e as intuições. 

Já o lance de musicar os horóscopos surgiu mais de uma ousadia do que de uma ideia propriamente dita. Tudo começou quando a Faetusa Tirzah, nossa amiga querida e minha parceira nas canções, começou a publicar seus horóscopos nas redes sociais e, de cara, já rolou uma coisa muito bonita e auspiciosa: eu musiquei o primeiro horóscopo que ela publicou, no mesmo dia em que foi escrito e sem saber que era o primeiro. Nesse mesmo dia eu mandei pra ela e pra Roseane, que são amigas de longa data, a gente ficou bem emocionado com a música e com todas essas relações. Essa primeira música se chama “Hoje” e é a segunda faixa do EP. A partir daí eu fui fazendo as músicas espontaneamente, pensando nelas como um presente mesmo. Depois, quando já tinha mais ou menos umas 10 canções, a gente foi entendendo elas em conjunto e vendo que tinha tudo pra virar um disco. 

Vale dizer que além de uma artista incrível a Faetusa também é oraculista de várias técnicas. Pra quem se interessar em saber mais, além de visitar o site dela e seguir ela no instagram (@faetusa_ ) também dá pra baixar o livro virtual Horoscopular, publicado no início de 2021 pela editora Pogo e disponível pra download no site da Saturnália – Escola de Astrologia & Cidade que reúne os mais 400 horóscopos que ela escreveu diariamente entre outubro de 2019 e dezembro de 2020.

3 – Como foi o processo de produção do disco? Os arranjos e a produção das músicas foram pensados na “energia” que os astros emanavam no dia?

Roseane: O processo foi interessante porque a gente teve tempo de ficar marinando as músicas e descobrindo as sonoridades pra além dos horóscopos. Foram muitos meses de contato com as canções, fazendo escolhas de climas e ritmos. Degustando bastante os arranjos de base, que foram feitos pelo Luciano, pelo Daniel e por mim, até que a gente conseguisse ouvir o que caberia ali, em termos de arranjos maiores, quem convidar e tudo mais. E claro, o trabalho de produção do disco em si foi todo desenvolvido durante a pandemia. A banda assim, do jeito que soa no disco, só se encontrou mesmo no fonograma.

Luciano: Sim, nós tivemos que descobrir outros caminhos para atravessar as distâncias e dar conta da impossibilidade dos encontros com toda a equipe junta. Foi interessante, intenso e desafiador produzir o trabalho com todos os cuidados necessários. Também envolveu muita confiança entre todas as pessoas envolvidas pra gente de fato conseguir construir um ambiente seguro. E como Rose comentou, a gente teve um bom tempo convivendo com as músicas e isso com certeza colaborou para o trabalho amadurecer antes de ir pro estúdio. Por outro lado, sinto que os arranjos, assim como as canções, foram feitos muito a partir das nossas intuições mesmo, sentindo o que cada texto nos trazia para depois traduzir isso no som.

4 – O single “Nos últimos graus” foi lançado quando o Sol de fato estava nos “últimos graus da leoa”. Foi proposital? E a data do lançamento do EP, tem relação com o céu do dia?

Luciano: Sim, as datas e horas foram escolhidas a dedo. Nós conversamos com a Faetusa e, pensando nisso, ela fez uma consulta de astrologia eletiva com a gente, que é justamente isso, eleger, escolher o momento mais propício. Aí ela sugeriu os dias e as horas dentro de uma previsão de datas que a gente já imaginava. Isso rolou tanto com “Nos últimos graus” quanto com o EP.

No caso do single, o Sol estava nos últimos graus de Leão fazendo um trígono com a Lua em sagitário. Observamos que esse trígono de fogo iria se formar dando passagem pra uma Lua de fogo. Além disso, também tinha a presença de uma estrela fixa chamada Rasalhague, que é uma estrela curandeira.

Já o céu de lançamento do EP veio com uma estrela ascendendo junto, a Vega de Lyra, que é uma estrela de Vênus, uma estrela das artes. Além disso, é num dia que tem lua, mercúrio e vênus em Libra. Ou seja, tem uma força de Vênus muito grande. 

A gente olhou pra essas e outras relações. Daria pra comentar muitas coisas, mas resumindo, é mais ou menos isso. Agora, olhando pra terra, esperamos que seja um lançamento bonito no dia 8 de setembro, sem golpe e que essa gente que tá no poder caia logo e seja responsabilizada por tudo o que fez.

5 – O que podemos esperar dos próximos capítulos de “livro vivo”?

Roseane: Não sabemos muito bem, a Faetusa segue escrevendo e o Luciano segue compondo. Dentro dos mesmos critérios, que é: ler o horóscopo e fazer a canção no mesmo dia. Eu sou suspeita pra dizer, mas acho que as canções que vem vindo aí tão cada dia mais maravilhosas. A gente já está tendo um bom trabalho pra selecionar as canções do novo EP, que vai seguir contando essa história que a gente nem sabe qual é ainda. 

Luciano: Sim, o trabalho segue literalmente vivo. De qualquer modo, a gente espera que esse primeiro EP consiga atravessar os labirintos virtuais, chegar nas pessoas e ser ouvido. Acho que o próximo capítulo é a aventura dessas primeiras músicas indo pro mundo. Já em relação aos próximos álbuns, a gente também espera conseguir captar recursos pra gravar as coisas como a gente imagina. Já estamos cheias de ideias e sonoridades na cabeça, agora é inventar um caminho pra conseguir realizar.

Créditos: Miro Spinelli e Cochilo Taquieta

Créditos: Miro Spinelli e Cochilo Taquieta

Você pode conferir o EP aqui:

Carolina Alves
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Carolina Alves

Carol é bibliotecária por ocupação e mística por vocação. Amante de um bom vinho e entusiasta de todo o universo esotérico, estuda astrologia há 4 anos. Gosta de ouvir um bom pop farofeiro, indie rock e sambas Santos.

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