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Na Parte Funda da Piscina # 13 – Maria Bethânia 1965-1976

Eu, DJ tranzimbah, serei seu guia “Na Parte Funda da Piscina.”

Nessa sessão do nosso Disconversa, vou apresentar DJ Sets semanais (atualmente toda Quarta-Feira) cuja a finalidade, e como o nome sugere, é dar um mergulho de cabeça para descobrir novos gêneros musicais, subgêneros e principalmente novas sonoridades. O termo foi usado por Ed Motta em uma entrevista à Mauricio Valladares, no programa “Ronca Ronca“, para se referir àquelas músicas que saem do costumeiro, que vão muito além da beirolinha. E como um entusiasta e propagador dos mergulhos sonoros mais profundos, decidi batizar assim esse novo projeto.

Em homenagem ao aniversário de Bethânia produzi esse nosso mergulho nos primeiros discos da cantora baiana nascida no dia 18/06/1943 em Santo Amaro. Uma interprete que dispensa apresentações, laureada e reconhecida como uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos que possui uma vasta discografia e um currículo invejável para muitas pessoas. A artista mulher que mais vendeu discos nos anos 1970, responsável direta pela popularização da MPB e furando o caráter elitista do gênero e levando ao povão o que é seu por direito, a música popular brasileira. Bethânia foi a primeira mulher a ultrapassar o numero de um milhão de vendas de discos com Álibi (1978). Além disso tudo a cantora recebeu da Universidade Federal da Bahia, o título de Doutora Honoris Causa, por sua contribuição a música brasileira.

Tudo isso começou quando em 1965 ao substituiu a cantora Nara Leão no espetáculo Opinião interpretando magistralmente a canção de protesto “Carcará” de autoria do cantor e compositor maranhense João do Vale. Para quem nunca viu essa força da natureza nascendo, eis aqui o registro:

E a nossa piscina musical foi enchida com as músicas dos seguintes discos : Maria Bethânia (1965), Edu e Bethânia (1967), Maria Bethânia (1969), A Tua Presença… (1971), Drama (1972), Pássaro Proibido (1976) e compacto triplo, Maria Bethânia Canta Noel Rosa (1965). Foram usadas canções dos registros ao vivo também e são eles: Recital na Boite Barroco (1969), Maria Bethânia ao Vivo (1970), Rosa dos Ventos ao Vivo (1971), Drama 3º Ato (1973) e Cena Muda (1974).

Esse mergulho na obra de Bethânia é o volume um que futuramente terá outras edições. Assim como outras figuras maiores do nosso Panteon musical que merecem setlists que possam revisar todo o seu trabalho de forma capacitada, carinhosa e sempre com a missão de ir além da beirolinha do já conhecido e sabido.

Um bom mergulho e longa vida a nossa Abelha Rainha da MPB, Maria Bethânia! Parabéns e obrigado por tudo que já fez e ainda faz por nossa música e tantas outras expressões artísticas brasileiras.

William de Abreu

William de Abreu

William “Tranzimbah” de Abreu tem 29 anos, é comunicólogo e DJ.⠀ Will é o cara que manja tudo de Black Music, um dicionário ambulante de quem sampleou quem nesse mundão sem fronteira. As misturas de música brasileira com rap e hip-hop são seus xodós.

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