5 discos de música afro-brasileira por Dossel
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Dossel é um projeto do carioca Roberto Barrucho, que estreou em agosto com o álbum Ouvindo Vozes. O artista propõe uma audição imersiva, onde voz e percussão guiam a sonoridade. Convidamos Roberto para falar sobre música afro-brasileira, confira!!
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Coisas (1965, Moacir Santos) – É um dos pilares da nossa música. Essencialmente negro, é um grito afinado de desespero contra toda mediocridade da elite brasileira. Desde que ouvi “Coisa N°1”, ainda no disco de Baden, fiquei maravilhado com a harmonização dos sopros dialogando com as percussões. Está entre o que temos de mais belo produzido no país.
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Os Tincoãs (1977) – O lendário grupo trás em seu sangue ancestral a linguagem Yorubá, os cânticos e ritmos da África. A abertura de vozes em perfeito casamento harmônico me leva ao delírio. A riqueza dos tambores que conversam com os orixás extrapolou a liturgia e ganhou o mercado com sua profundidade. Os arranjos consolidam este disco como verdadeiro diamante baiano a ser apresentado a todas as gerações.
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Candomblé (1977, Djalma Corrêa) – Djalma Correa é um estudioso da cultura afro-brasileira, responsável pela percussão de LPs indispensáveis. O disco mostra cânticos de diversas nações que aqui chegaram, inclusive inéditos do Ketu, destaque no cenário religioso nacional. Participam do vinil alabês e “filhas” de santo das mais respeitadas casas da Bahia, o que o torna único na produção sonora de candomblé no Brasil.
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Padê (2008, Juçara Marçal e Kiko Dinucci) – Primeira parceria da dupla, apresenta canções próprias, como a excelente “Jatobá”, passando por Luiz Tatit e Candeia . Com as percussões do Ogã “Samba”, o disco reforça a ancestralidade africana no cancioneiro brasileiro.
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Ascensão (2016, Serena Assumpção) – O LP póstumo é resultado da vivência de Serena no universo da umbanda e do candomblé. Com canções de Gilberto Martins, da própria Serena e de domínio público, o trabalho é uma reverência aos orixás e nos enche de esperança, força e luz em dias tão obscuros.
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