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#TBT – Quatro perguntas para Arrigo Barnabé

Expoente da Vanguarda Paulista falou com exclusividade para o Disconversa sobre quadrinhos, suas maiores influências e, claro, LPs!

Arrigo é um artista ímpar, um dos principais nomes do coletivo que ficou conhecido como Vanguarda Paulista na década de 1980. Ao lado do Grupo Rumo, de Itamar Assumpção e outros artistas de São Paulo, o autor de Clara Crocodilo (1980) criou uma obra que busca apresentar novos caminhos para a música popular brasileira, unindo a linguagem das histórias em quadrinhos e elementos da música erudita com a canção.

– Seus álbuns, sobretudo os dois primeiros, contam histórias e os quadrinhos são muito citados como influências suas. Qual HQ você gostaria de transformar em um disco?

O Luiz Gê tem várias histórias que eu gostaria de musicar. Uma sobre um tatu bola que é uma nave espacial, outra em que a estátua do Borba Gato (na Avenida Santo Amaro) e o Monumento Às Bandeiras (Ibirapuera), ambas em São Paulo, ganham vida, entre outras.

– Se Clara Crocodilo recebesse uma reedição especial em vinil quais conteúdos extras você gostaria de incluir nela?

Acho que não daria pra incluir nada. Talvez a gravação do Caetano Veloso cantando “Janete”, uma música que compus para a trilha do filme de mesmo nome (1983) do Chico Botelho.

– Qual disco da sua carreira você gostaria que recebesse uma atenção maior do seu público, fosse mais ouvido? Por qual motivo?

Gigante Negão (1998), foi gravado ao vivo em fita K7. É no mínimo uma preciosidade.

– Se você fosse para uma ilha deserta e só pudesse levar quatro discos, quais seriam?

Matthäus-Passion (1970, Nikolaus Harnoncourt); Vingt Regards Sur L’Enfant Jésus (1956, Olivier Messiaen) ; Amoroso (1977, João Gilberto) e Araçá Azul (1973, Caetano Veloso).

Publicado originalmente em 14/01/2020

Lucas Vieira

Lucas Vieira

Lucas Vieira é jornalista e editor do Disconversa. Além de colecionar discos gosta de videogames antigos e assistir os mesmos filmes mil vezes (em VHS).

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