#TBT – Conheça o clipe de Zumbi Tropical e os 5 discos que influenciam Ave Máquina
Hoje é dia de unir #TBT com novidade! A banda carioca Ave Máquina, que mistura em seu som ritmos de raiz brasileira com rock clássico, contou para o Disconversa no ano passado sobre os discos que mais influenciam seus integrantes. Agora, após lançarem seu álbum ao vivo, direto do Estúdio Show Livre, o grupo estreia seu clipe para a música “Zumbi Tropical”.
Com forte crítica ao atual “”governo””, o Ave Máquina reuniu imagens de diversos ouvintes e admiradores da banda e assim criou um vídeo colaborativo de protesto à atuação do “”presidente””. Relembre abaixo as influências da banda!
Os Afro-Sambas (1966, Baden Powell e Vinícius de Moraes)

Fiu (bateria): Um disco que me marcou, pois representa um amadurecimento musical e pessoal. A conexão com expressões africanas, sua instrumentação, a mistura de ritmos transformou em mim o preconceito, baseado em uma educação cristã, em respeito, admiração e inspiração.
Da Lama ao Caos (1994, Chico Science e Nação Zumbi)

Yuri Ribas (guitarra): Conheci o CSNZ com meu irmão e ainda criança me interessei pelas guitarras distorcidas e o frenesi da percussão. Este álbum me iniciou no Rock, apesar de só entender a genialidade do Science e o Mangue Beat anos depois. Meu som tem muito deles na fusão da música brasileira com gêneros pop.
Private Dancer (1984, Tina Turner)

Katia Jorgensen (voz): Ouvia esse disco aos dez e nem sabia porque gostava tanto. Hoje entendo que a minha essência roqueira vem dela. Sou apaixonada pela forma visceral dela cantar, pelo visual, audácia e sensualidade. É uma pioneira da libertação sexual feminina na música, bem antes de Madonna.
Abbey Road (1969, The Beatles)

Rafael Monteiro (baixo): É impressionante que uma banda implodindo pudesse criar uma obra tão significativa, da capa ao final. Dá pra perceber que o grupo esqueceu as mágoas para fazer um LP magnífico. Ele tem os melhores baixos do Paul e termina com a suíte “Golden Slumbers/ Carry That Weight/ The End”, que encerra com maestria a história do maior fenômeno cultural do século XX.
Tropicália ou Panis Et Circencis (1968, Vários Artistas)

Ave Máquina: É um disco rebelde, contestador e ousado. Ao unir movimentos até então antagônicos, como MPB e Rock, popular e erudito, “sofisticado” e ”cafona”, o LP abriu portas para tudo que veio depois. Em tempos de obscurantismo e covardia como o atual, esse disco é cada vez mais necessário.
Publicado originalmente em 17/09/2019
- Entrevista – O Grito fala sobre seu novo single, “Tá Todo Mundo Ficando Frito” - 21 de outubro de 2022
- Elifas Andreato, autor de capas históricas da MPB, morre aos 76 anos - 29 de março de 2022
- 1, 2, 3, 4! – Milton Nascimento, Belchior, Rogério Duprat e Legião Urbana - 26 de outubro de 2021
Pingback: Os discos da semana #03 (14/03 a 20/03) - Disconversa