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#TBT – Direct ou Belt Drive? Qual é o melhor tipo de motor para vitrolas?

Aprenda a diferença entre os principais sistemas que realizam a rotação do motor de um toca discos

Créditos: Reprodução

Muitas pesssoas na hora de pesquisar sobre um modelo de vitrola se reparam com termos como “Direct” e “Belt” antes da palavra “Drive”, relativa ao seu motor. Esses termos são usados para definir os dois principais tipos de sistemas que fazem o prato do toca discos girar, tornando possível a audição do LP. No texto de hoje você relembra as principais características desses equipamentos. Porém, é importante lembrar: não é apenas essa peça que determina a qualidade de uma picape. Contrapeso, antiskating e braço são exemplos de partes da vitrola que juntas determinam sua qualidade.

Belt Drive

São vitrolas que tem a presença de uma correia na operação do motor, que é localizado em uma das laterais do prato. Feitas de borracha ou material semelhante, as correias proporcionam um isolamento de vibrações no prato, evitando ruídos. Por esse motivo, é o sistema preferido dos audiófilos.

O Belt Drive é rejeitado por DJs, uma vez que torna extremamente difícil a execução de movimentos como o scratch. Outra desvantagem do sistema é o desgaste da correia, que precisa ser regularmente trocada já que com o tempo torna-se mais frouxa e ressecada, deixando a rotação do prato imprecisa. Porém, sua substituição é simples mesmo para iniciantes e é fácil encontrá-la à venda por preços acessíveis.

O sistema é muito usado nas picapes hi-ends e torna-se uma opção ideal para quem busca um equipamento sem ruídos. Ao mesmo tempo, é um modelo ideal para quem busca toca discos mais simples, já que um Belt Drive feito com peças de menor qualidade e custo opera melhor que um Direct Drive fabricado nas mesmas condições.

Direct Drive

Com o motor localizado embaixo do prato do toca discos, o Direct Drive garante maior precisão na rotação, por não precisar de acessórios como a correia para fazer o LP girar. É o sistema favorito dos DJs por possibilitar tocar o vinil ao contrário e também para a realização de scratchs.

A localização do motor faz com que o Direct Drive proporcione uma maior vibração no prato, que pode ser percebida em maior proporção quanto melhor for a agulha usada no toca discos. Porém, em aparelhos de boa construção que estejam em bom estado é possível eliminar total ou parcialmente esses ruídos. Por esse motivo, é indicado evitar vitrolas de baixo custo que operem com Direct Drive. Além disso, se o seu objetivo ao comprar uma vitrola é usá-la para discotecar, o DD é o sistema ideal.

Qual devo comprar?

Na hora da compra, dois fatores são essenciais para a escolha do sistema: seu orçamento e seu objetivo. Se você quer uma vitrola apenas para ouvir seus LPs em casa, sem muita preocupação com aspectos técnicos e quer investir uma quantidade pequena de dinheiro na hora da compra, a melhor opção é o Belt Drive, por operar melhor em aparelhos mais fracos e ter uma manutenção mais simples. Paradoxalmente, também é a melhor alternativa para quem está montando um sistema high end, para audiófilos, já que o uso da correia praticamente anula os ruídos do prato.

Além de ser ideal para DJs, o Direct Drive é a opção para quem procura vitrolas de boa qualidade e construção, porém não busca com seu orçamento um equipamento de audiófilo. Quem optar por esse sistema deve comprar marcas e modelos de alta qualidade, que possuam peças bem construídas, garantindo que a audição não sofra interferência de ruídos.

E o Rim Drive?

Direct e Belt são os sistemas mais comuns encontrados em aparelhos novos e antigos, porém, existe uma outra alternativa usada por algumas empresas. Também chamado de Idler Drive, o Rim Drive é o termo utilizado para motores que operam com polias. Atualmente, apenas alguns hi ends são construídos dessa forma. Os modelos encontrados à venda no Brasil são na maioria equipamentos usados, porém sua construção é boa. São exemplos vitrolas da década de 1970 das marcas Gradiente, Garrard e Philips. Sua operação é parecida com a da correia, que é substituída por um disco de borracha que faz o prato girar. Sua manutenção tornou-se cara, pois as polias se desgastam com facilidade e causam ruídos ou mesmo impossibilitam a rotação. Além da dificuldade de encontrá-las no mercado, seu preço nem sempre é acessível.

Publicado originalmente em 26/02/2019

Lucas Vieira

Lucas Vieira

Lucas Vieira é jornalista e editor do Disconversa. Além de colecionar discos gosta de videogames antigos e assistir os mesmos filmes mil vezes (em VHS).

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